
Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n’alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!
Após adiar minha graduação em Ciências Sociais, o que me causa grande desapontamento, optei por cursar Letras, não para que minha luta se interrompa, mas sim para direcionar meu trabalho na formação de pensadores, de pessoas que não se manipulam facilmente com aquilo que é imposto pela mídia que insiste em devorar nossos próprios desejos, usurpando nossa essência e transformando-nos em seres influenciáveis e previsíveis.
Todo o meu esforço será para fazer valer o direito a liberdade, principalmente a de expressão, uma vez que a construção da cidadania se faz, em grande parte, por meio do domínio da linguagem oral e escrita.
Estou situada entre duas grandes gerações: a daqueles que viveram épocas históricas em nossa sociedade... aqueles que tinham 18 anos em 68! Jovens que lutavam por um ideal: a liberdade consciente, a rebeldia adversária as imposições da época, de fazer valer o direiro à igualdade, ao verdadeiro direito de ir e vir.
De outro lado, encotro filhos desses mesmos jovens, talvez de pais que querem poupá-los de quaisquer sofrimentos que ocorreram em tais manifestações passadas, privando os de pensar, de agir em pró de um ideal, compensando suas ausências com tecnologia, já que acreditam que a coisa mais importante na formação de um "digno cidadã" seja luxo e conforto.
Estudando os movimentos literários, perce-se que um sempre contrapõe outro. Qual será o movimento que está por vir? Será que retomaremos às origens de nossos antepassados, valorizando a pureza e a sublimação do que é simples? Ou será que perderemos todo o contole, por permitir que nossos filhos sejam moldados por imposições publicitárias?
É chegada a hora de mudar, sempre é tempo de abrirmos os olhos e mudarmos o rumo de nossas vidas.... Se é que saibamos para onde estamos indo...
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