terça-feira, 27 de abril de 2010

Prefiro o meu mundo, povoado de sonho e de loucura, ao vosso, cheio de nada!



"Plometo, Logo Minto"

"Há muito mais coisas entre os Céus e a Terra do que uma vã Plomessa"


Je ne t'aime plus mon amour
Je ne t'aime plus tous les jours
Je ne t'aime plus mon amour
Je ne t'aime plus tous les jours
Parfois j'aimerai mourir tellement il y a plus plus d'espoir
Parfois j'aimerai mourir pour plus jamais te revoir
Parfois j'aimerai mourir pour ne plus rien savoir
Je ne t'aime plus mon amour
Je ne t'aime plus tous les jours

Ausência de Existência é morte.
Existência de ausência é solidão.



Há porcos do destino, como eu, que se não afastam da banalidade
quotidiana por essa mesma atração da própria impotência.
São aves fascinadas pela ausência de serpente; moscas
que pairam nos troncos sem ver nada, até chegarem ao alcance viscoso da língua do camaleão.

Eu não sou da sua rua,Eu não sou o seu vizinho.Eu moro muito longe, sozinho.Eu não sou da sua rua,Eu não falo a sua língua,Minha vida é diferente da sua.Estou aqui de passagem.Esse mundo não é meu,Esse mundo não é seu...

sábado, 24 de abril de 2010

¿Quién Puede Matar a un Niño?




Existem alguns filmes de horror que realmente são perturbadores e conseguem sobreviver com o passar do tempo, sem perder seu impacto. O Diretor uruguaio, radicado na Espanha, Narciso Ibañez Serrador, conseguiu criar um desses filmes, que por muito tempo teve problemas com a censura e diversas edições com vários cortes, chegando a ser banido de alguns países.

No filme, um grupo de crianças se revolta contra a casta dos adultos de forma inclemente, este suspense obscuro e bizarro abandona o realismo e trilha um caminho de horror psicológico cuja força reside no contraste existente entre a graça natural e a pressuposta natureza homicida de uma criança, para todos os efeitos uma criatura inocente que jamais deve ser vítima de violência. A história se passa numa ilha, para onde vão um casal em férias (Lewis Fiander e Prunella Ransome). Demora um pouco para que eles percebam que todos os adultos do lugar sumiram, e que as poucas crianças que eles avistam guardam um segredo terrível.

O título do filme que pode ser traduzido como “Quem pode matar uma criança?” é a grande arma dos pequenos assassinos. Seus rostos angelicais são um escudo contra qualquer tentativa de reação dos adultos, mesmo diante da carneficina que eles cometeram. Subversivo, maldito e assustador QUIÉN PUEDE MATARA UM NIÑO? mergulha nas profundezas do inconsciente humano gerando uma série de interpretações que vão da psicanálise até a antropologia. Seria o filme uma visão do ato inconsciente da morte dos pais pelas mãos dos filhos que Freud sempre enfatizou em seus estudos, ou seria a representação de um novo mundo construído pelas crianças que precisa do extermínio de todos os adultos para existir? Assustador não é mesmo?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

PORQUE ME UFANO DO MEU PAÍS...

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Hoje é a estreia do filme UTOPIA E BARBÁRIE nos cinemas de todo o Brasil, trazendo memórias, contadas pelo afeto, de uma geração bastarta que de todos, lutavam principalmente pelo direito de sonhar!

Como o próprio trailler conta, ter 18 anos em 68 realmente foi um privilégio, uma experiência vivida por poucos, o que verdadeiramente foi um marco na história de nosso país. Esta foi a primeira guerra com cobertura televisiva, que apesar de muitas distorsões de fatos, contribuiu com um vasto patrimônio histórico de lembranças e memórias, desse sonho e pesadelo simultâneos...

Hoje, os tempos são outros.... As interpretações da época são outras..... E eu, guardo uma opinião bem interessante, romântica, gloriosa....

Em homenagem aos heróis de nossa histórias, construtores da história do nosso país, dignos de nosso respeito pela conquista da liberdade.... Conquista da qual somos responsáveis pela manutenção.... A liberdade é algo que se conquista! Devemos fazer por merecer nossos direitos....

A LUTA CONTINUA!

"Podem nos prender, podem nos matar, mas um dia voltaremos a ser milhões"

Quero Ver o que Vai Acontecer Quando Zumbi Chegar...



Valorizar a cultura do nosso povo..... A fé .... A tradução que perpetua durante séculos.... A confiança em algo maior... A ajuda sempre disposta...

Nossa história é repleta de acontecimentos marcantes e dignos de serem lembrados por gerações. Preconceitos nos privam, principalmente, de apreciar tão maravilhosa manifestação de amor, respeito e reverência...

Conhecemos mais a respeito de determinada cultura estrangeira, e muito do que é nosso passa desapercebido diante de nossos olhos...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

POEMA EM LINHA RETA

                  Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
                  Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

                  E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
                  Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
                  Indesculpavelmente sujo,
                  Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
                  Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
                  Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
                  Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
                  Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
                  Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
                  Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
                  Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
                  Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
                  Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
                  Para fora da possibilidade do soco;
                  Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
                  Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

                  UMA FESTA EM MEIO AO CAOS








                  As 3 pessoas mais ricas do mundo são também mais ricas que os 48 países mais pobres do mundo.

                  Os bens das 84 pessoas mais ricas do mundo ultrapassam o produto interno bruto da China com seus um bilhão e trezentos mil habitantes

                  As 225 pessoas mais ricas do mundo possuem uma fortuna equivalente ao rendimento anual acumulado de 47% das pessoas (mais pobres) do planeta, ou seja, 3 bilhões de pessoas.

                  Bastaria cerca de 4% da riqueza acumulada dessas 225 pessoas mais ricas para dar a toda a população do mundo acesso à satisfação das suas necessidades de base (saúde, educação e alimentação)

                  quarta-feira, 21 de abril de 2010

                  Todo Dia Era Dia de Índio...



                  "Mas hoje ele só tem o dia 19 de abril..."
                  Que ironia... Este ano eu consigo contar as poucas pessoas que se recordaram desta data. Há muito tempo, os índios não tem nem o dia 19 de abril. Levaram tudo, tomaram o que lhes pertencia. Destruíram toda cultura, todo um povo que possuíam as terras brasileiras por direito.

                  Não concordo quando dizem da ingenuidade de Macunaíma, personagem do livro de mesmo nome, ao tentar instaurar a língua tupi-guarani como oficial em nosso país. Nada mais justo!

                  O engraçado é que, quando outubro chegar, as festas de halloween vem por aí pessoal, vamos nos preparar para decorar histórias, preparar fantasias..... ai ai....


                  Somos todos índios

                  terça-feira, 20 de abril de 2010

                  ONDE AS COISAS FLUTUAM...



                  Sou um guardador de rebanhos.
                  O rebanho é os meus pensamentos
                  E os meus pensamentos são todos sensações.
                  Penso com os olhos e com os ouvidos
                  E com as mãos e os pés
                  E com o nariz e a boca.
                  Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
                  E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
                  Por isso quando num dia de calor
                  Me sinto triste de gozá-lo tanto.
                  E me deito ao comprido na erva,
                  E fecho os olhos quentes,
                  Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
                  Sei a verdade e sou feliz...

                  PALAVRA: MEU DOMÍNIO SOBRE O MUNDO



                  Oh! Bendito o que semeia
                  Livros à mão cheia
                  E manda o povo pensar!
                  O livro, caindo n’alma
                  É germe – que faz a palma,
                  É chuva – que faz o mar!



                  Após adiar minha graduação em Ciências Sociais, o que me causa grande desapontamento, optei por cursar Letras, não para que minha luta se interrompa, mas sim para direcionar meu trabalho na formação de pensadores, de pessoas que não se manipulam facilmente com aquilo que é imposto pela mídia que insiste em devorar nossos próprios desejos, usurpando nossa essência e transformando-nos em seres influenciáveis e previsíveis.

                  Todo o meu esforço será para fazer valer o direito a liberdade, principalmente a de expressão, uma vez que a construção da cidadania se faz, em grande parte, por meio do domínio da linguagem oral e escrita.

                  Estou situada entre duas grandes gerações: a daqueles que viveram épocas históricas em nossa sociedade... aqueles que tinham 18 anos em 68! Jovens que lutavam por um ideal: a liberdade consciente, a rebeldia adversária as imposições da época, de fazer valer o direiro à igualdade, ao verdadeiro direito de ir e vir.
                  De outro lado, encotro filhos desses mesmos jovens, talvez de pais que querem poupá-los de quaisquer sofrimentos que ocorreram em tais manifestações passadas, privando os de pensar, de agir em pró de um ideal, compensando suas ausências com tecnologia, já que acreditam que a coisa mais importante na formação de um "digno cidadã" seja luxo e conforto.

                  Estudando os movimentos literários, perce-se que um sempre contrapõe outro. Qual será o movimento que está por vir? Será que retomaremos às origens de nossos antepassados, valorizando a pureza e a sublimação do que é simples? Ou será que perderemos todo o contole, por permitir que nossos filhos sejam moldados por imposições publicitárias?

                  É chegada a hora de mudar, sempre é tempo de abrirmos os olhos e mudarmos o rumo de nossas vidas.... Se é que saibamos para onde estamos indo...

                  SÓ NÃO SE PERCA AO ENTRAR NO MEU INFINITO PARTICULAR...


                  Por vezes adiei a vontade de ter um blog, mas decidi armazenar meus pensamentos fragmentados em um só lugar, e não mais deixá-los espalhados pela minha casa e confusos em meus pensamentos. Acredito que ao escrevemo-los, organizamos as ideias em cadeias mais lógicas e compreensíveis, principalmente para mim mesma.
                  Não quero, de maneira alguma, que este blog tenha o intuito apenas de engajamento político. Embora este assunto seja constante em mim, tenho diversos outros aspectos da qual quero que sejam explorados aqui.
                  Meu empasamento teórico adiquirido no curso de Letras me auxilia na composição das palavras, mas acredito que a essência dos assuntos estejam inerentes em mim desde sempre.

                  SEJAM TODOS BEM VINDOS AO MEU UNIVERSO!

                  NA POESIA DA LINGUAGEM, O SEU SILÊNCIO...


                  Trinta raios rodeiam um eixo
                  mas é onde o raio não raia
                  que roda a roda.
                  Vaza-se a vasa e se faz o vaso.
                  Mas é o vazio
                  que perfaz a vasilha.
                  Casam-se as paredes e se encaixam portas
                  mas é onde não há nada
                  que se está em casa.
                  Falam-se palavras
                  e se apalavram falas,
                  mas é no silêncio
                  que mora a linguagem.
                  É o Ser que faz a utilidade.
                  Mas é o Nada que dá sentido.

                  ESSAS COISAS TODAS...


                  O Que Há


                  O que há em mim é sobretudo cansaço —
                  Não disto nem daquilo,
                  Nem sequer de tudo ou de nada:
                  Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
                  Cansaço.
                  A sutileza das sensações inúteis,
                  As paixões violentas por coisa nenhuma,
                  Os amores intensos por o suposto em alguém,
                  Essas coisas todas —
                  Essas e o que falta nelas eternamente —;
                  Tudo isso faz um cansaço,
                  Este cansaço,
                  Cansaço.

                  Há sem dúvida quem ame o infinito,
                  Há sem dúvida quem deseje o impossível,
                  Há sem dúvida quem não queira nada —
                  Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
                  Porque eu amo infinitamente o finito,
                  Porque eu desejo impossivelmente o possível,
                  Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
                  Ou até se não puder ser...

                  E o resultado?
                  Para eles a vida vivida ou sonhada,
                  Para eles o sonho sonhado ou vivido,
                  Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
                  Para mim só um grande, um profundo,
                  E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
                  Um supremíssimo cansaço,
                  Íssimno, íssimo, íssimo,
                  Cansaço...

                  ALÔ, INILUDÍVEL!



                  Consoada

                  Quando a Indesejada das gentes chegar
                  (Não sei se dura ou caroável),
                  Talvez eu tenha medo.
                  Talvez sorria, ou diga:
                  - Alô, iniludível!
                  O meu dia foi bom, pode a noite descer.
                  (A noite com seus sortilégios.)
                  Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
                  A mesa posta,
                  Com cada coisa em seu lugar.



                  Manuel Bandeira
                  (1886-1968)

                  LIÇÃO DE CASA: AMAR!


                  "Sonho com um amor em que duas pessoas compartilham uma paixão de buscar juntas uma verdade mais elevada. Talvez não devesse chamá-lo de amor. Talvez seu nome ideal seja amizade.”

                  Nietzsche

                  O ESSENCIAL É SABER VER


                  Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
                  Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
                  Porque eu sou do tamanho do que vejo
                  E não do tamanho da minha altura...

                  Nas cidades a vida é mais pequena
                  Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
                  Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
                  Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
                  Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
                  E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.



                  O trabalho é a negação da vida, da alegria e do prazer humano. O trabalho faz do homem um estranho para si mesmo, alienado da humanidade como um todo, negado em sua essência, em sua vida, em seus desejos... Além de desperdiçar seu suor, seu sangue e sua vida numa atividade cujo absurdo só é menor do que o embrutecimento que acarreta, o trabalhador é separado dos demais homens, separado da espécie humana.

                  Grupo Comunista Internacionalista Belga

                  OS MUROS E AS GRADES NOS PROTEGEM DE NOSSO PRÓPRIO MAL




                  Nenhum avanço na saúde, nenhum abrandamento nas maneiras, nenhuma reforma ou revolução trouxe a humanidade um milímetro mais perto da igualdade.

                  George Orwell

                  Levamos uma vida que não nos leva a nada... Levamos muito tempo pra descobrir


                  Quem deve enfrentar monstros deve permanecer atento para não se tornar também um monstro. Se olhares demasiado tempo dentro de um abismo, o abismo acabará por olhar dentro de ti.

                  Friedrich Nietzsche

                  NÃO QUERO SABER DO LIRISMO QUE NÃO É LIBERTAÇÃO!


                  Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
                  onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
                  Praticas laboriosamente os gestos universais,
                  sentes calor e frio, falta de dinheiro, fome e desejo sexual.
                  Heróis enchem os parques da cidade em que te arrastas,
                  e preconizam a virtude, a renúncia, o sangue-frio, a concepção.
                  À noite, se neblina, abrem guarda-chuvas de bronze
                  ou se recolhem aos volumes de sinistras bibliotecas.
                  Amas a noite pelo poder de aniquilamento que encerra
                  e sabes que, dormindo, os problemas te dispensam de morrer.
                  Mas o terrível despertar prova a existência da Grande Máquina
                  e te repõe, pequenino, em face de indecifráveis coqueiros.
                  Caminhas entre mortos e com eles conversas
                  sobre coisas do tempo futuro e negócios do espírito.
                  A literatura estragou tuas melhores horas de amor.
                  Ao telefone perdeste muito, muitíssimo tempo de semear.
                  Coração orgulhoso, tens pressa de confessar tua derrota
                  e adiar para outro século a felicidade coletiva.
                  Aceitas a chuva, a guerra, o desemprego e a injusta distribuição
                  porque não podes, sozinho, dinamitar a ilha de Manhattan.

                  Carlos Drummond de Andrade

                  Mas agora chegou nossa vez, vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês...


                  O mundo é somente o espelho de nós mesmos. Se alguma coisa vos faz vomitar, vomitem, senhores, porque não são mais que as vossas próprias caras doentes o que estão a ver.

                  Henry Miller

                  O GÉRMEN DE TODAS AS VIRTUDES


                  Sim, meu caro, é pelas crianças que meu coração mais se interessa neste mundo. Quando me ponho a examiná-las, e vejo nessas criaturinhas o gérmen de todas as virtudes, de todas as energias que logo haverão de lhe ser tão necessárias; quando descubro na sua pertinácia a gutura, inteireza e solidez de caráter; quando verifico na sua petulância, e até nas suas astúcias, o humor jovial e a agilidade para saltar por cima dos perigos do mundo; tudo isto de modo tão incorrupto, tão íntegro... E pensar que, caríssimo, logo a eles, que são nossos iguais, tratamos como se fossem nossos vassalos. Não, eles não devem ter vontades! Nós não temos nós as nossas? E onde reside nosso privilégio? No fato de sermos mais velhos e sensatos?!
                  Goethe

                  Desassossego!


                  Pedi tão pouco à vida e esse mesmo pouco a vida me
                  negou. Uma réstia de parte do sol, um campo [...], um bocado
                  de sossego com um bocado de pão, não me pesar muito
                  o conhecer que existo, e não exigir nada dos outros nem
                  exigirem eles nada de mim. Isto mesmo me foi negado, como
                  quem nega a sombra não por falta de boa alma mas para não
                  ter que desabotoar o casaco [... ]

                  Infinito Particular...



                  Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
                  Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
                  Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
                  Ouvindo correr o rio e vendo-o.